Características Físicas
Diâmetro equatorial 2,706 km
Densidade média 2,05 g/cm³
Gravidade média 0,08 g
Temperatura média média: -238,5 ºC / -245 ºC min / -232 ºC max
Características Orbitais
período orbital -5,877 d (retrógado)
Velocidade orbital média 5,58 km/s
Composição atmosfera
Nitrogênio 99,9%
Metano 0,1%
Metano 0,1%
Tritão é a maior lua de Neptuno, que se encontra a cerca de 4 500 milhões de quilômetros do Sol. É possivelmente o astro mais frio do sistema solar (-235°C). Descoberto por William Lassell em 1846, somente 17 dias após o descobrimento do próprio planeta, deve seu nome ao deus Tritão da mitologia grega.
Tritão é um dos astros mais gélidos do sistema solar, com uma história geológica bastante complexa; possui uma superfície bastante jovem e de aspecto rugoso, desfigurada por violentas erupções vulcânicas, rápidos congelamentos de superfície e com repentina fundição, gerando assim uma rede de rachaduras enormes.
O terreno casca-de-meloa visto a 130000 km de distância pela Voyager 2. |
Após a passagem de Voyager 2, suas enigmáticas imagens revelaram o que pareceu ser géiseres de nitrogênio líquido emanados de sua superfície gelada. Esta descoberta mudou o conceito clássico do vulcanismo que, até então, supôs que os corpos gelados não seriam geologicamente ativos. Tritão demonstrou que para que haja atividade geológica basta meios fluidos, rocha fundida, nitrogênio ou água.
Neptuno e Tritão três dias depois do sobrevoo da Voyager 2. |
Em 1820, William Lassell começou a construir espelhos para o seu telescópio e em 1844 construiu melhores espelhos que permitiram a descoberta do planeta Neptuno, a 23 de Setembro de 1846. A notícia da descoberta terá chegado a John Herschel que decide escrever a Lassell para procurar por satélites no primeiro dia do mês de Outubro, já que havia uma forte probabilidade disso.
Só cem anos depois da descoberta de Tritão é que foram feitas as primeiras observações detalhadas do satélite. Os astrônomos começaram a estudar a lua e descobriram que tinha uma órbita no sentido oposto à órbita de Neptuno e muito inclinada.
A primeira tentativa de medir o diâmetro de Tritão corretamente foi feita por Gerard Kuiper em 1954, que obteve um valor de 3800 km.
Com a aproximação da Voyager 2 a Neptuno a 25 de Agosto de 1989 obtêm-se dados que permitiram a medição correta do diâmetro (estimado em cerca de 2706 km) e decidiu-se que a sonda iria sobrevoar Tritão de perto, mesmo que isso afetasse a sua trajetória e o que se descobriu foi surpreendente.
As poucas crateras que existem em Tritão revelam uma atividade geológica intensa |
Surpreendentemente, Tritão é geologicamente ativo, a sua superfície é recente e com poucas crateras. Existem vales e cristas num padrão complexo por toda a superfície, provavelmente resultantes dos ciclos do congelamento e aquecimento e dos vulcões.
Tritão possui uma atmosfera ténue composta por azoto (99,9%) com pequenas quantidades de metano (0,01%). A pressão atmosférica tritoniana é de apenas 14 microbars, cerca de 1/70000 da pressão atmosférica terrestre.