domingo, 15 de novembro de 2015

Senhor dos Anéis - J1407b

Planeta Senhor dos Anéis: 200 vezes maiores que anéis de Saturno
Um astrônomo holandês e um norte-americano descobriram um planeta com um sistema de anéis gigantesco, 200 vezes maior do que os anéis de Saturno.
Segundo a dupla, esta é a primeira estrutura deste tipo detectada em volta de um planeta fora do Sistema Solar. Os cientistas afirmam que o sistema provavelmente tem mais de 30 anéis, cada um medindo dezenas de milhões de quilômetros de diâmetro.
Se os anéis de Saturno fossem do mesmo tamanho dos observados neste planeta, eles seriam visíveis da Terra durante a noite e muito maiores do que a Lua cheia.
Espaços detectados no sistema de anéis também sugerem que parte do material em volta do planeta pode estar se unindo para formar luas - um fenômeno que também pode ser observado nos anéis de Saturno, que parece estar dando à luz uma nova lua.
Concepção artística de Saturno como se fosse do tamanho do  J1407b 
O planeta distante, batizado de J1407b, também poderá dar pistas sobre o processo que levou à formação de luas em volta de gigantes gasosos em nosso Sistema Solar.

Estrelas Be

As estranhas estrelas rombudas e seus discos que brilham
As estrelas do tipo Be são objetos tão estranhos que mesmo astrofísicos não envolvidos diretamente em seu estudo se surpreendem com a sua descrição. É que esse tipo de astro possui ao redor um disco de plasma - átomos, íons positivos e elétrons - que, embora não seja o material capaz de dar origem a planetas, pode ser descrito pelos mesmos princípios físicos que regem os discos protoplanetários, como aquele que deu origem ao nosso Sistema Solar.
"Como essas estrelas giram muito rapidamente, o material da superfície do equador estelar fica fracamente ligado à estrela, em termos gravitacionais, e acaba sendo ejetado. Esse material aglomera-se no plano equatorial, formando o disco.
Apesar de estranhas, as estrelas Be não são raras. São até muitos comuns em nossa galáxia, sendo conhecidas várias delas bem próximas do Sistema Solar, a distâncias da ordem de 100 anos-luz.Elas são muito grandes, com massas equivalentes a 15 ou 20 vezes a massa do Sol, giram muito rapidamente, o que as faz perder a forma esférica, tornando-se rombudas - o termo técnico é "oblata".
"Sua forma fica tão achatada que a distância do equador estelar ao centro da estrela pode superar em 50% a distância de cada um dos polos estelares ao centro".
Estrelas massivas como as Be geralmente evoluem para eventos catastróficos, explodindo como supernovas, ejetando formidável quantidade de matéria para o espaço exterior, e colapsando finalmente como buracos negros. Mas, bem antes desse final espetacular, elas formam seus discos de plasma, que podem se estender a distâncias comparáveis à da órbita da Terra ou até mesmo à da órbita de Marte.
Sendo formados de material ejetado pelas estrelas, os discos são compostos pelos mesmos elementos que as constituem: basicamente hidrogênio e hélio, com quantidades bem menores de carbono, nitrogênio, oxigênio e ferro. Devido à irradiação das estrelas Be, os discos alcançam temperaturas muito elevadas, de 10 mil a 20 mil graus, e também passam a emitir luz.

Estrela Dupla

sistema, denominado VFTS 352, foi localizado a aproximadamente 160 mil anos-luz numa galáxia vizinha à nossa Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães.
O sistema, composto de duas estrelas com massas bem superiores à do nosso Sol, não é um binário convencional, já que as duas estrelas estão em "sobrecontato" - elas estão se tocando.
Ainda é difícil dizer no que vai dar essa mistura estelar, mas tudo indica um final dramático, uma explosão capaz de devastar planetas em seu caminho ou um buraco negro binário.
O sistema é considerado "super raro" porque apenas outros três desse tipo são conhecidos. "É muito pouco, se considerarmos o número de estrelas conhecidas. O VFTS 352 é o mais massivo e o mais quente encontrado até agora, por isso ele é o mais interessante e importante desta classe." Além disso, nunca havia sido observado o fenômeno da fusão de duas estrelas de massa tão alta numa fase inicial de suas vidas.
O sistema agora descoberto poderá resultar em uma estrela de altíssima massa e com alta velocidade de rotação, terminando finalmente sua vida numa das explosões mais energéticas e raras vistas no universo, conhecidas como explosões de raios gamas de longa duração.
Nessas explosões ocorrem jatos de raios gama direcionados e, "se algum planeta habitado, com características semelhantes à Terra, estiver na direção desses jatos, ainda que a uma distância de bilhões de anos-luz, podem ocorrer problemas como interrupções de sistemas de telecomunicações e destruição da camada de ozônio", avalia Almeida.
No entanto, esse fenômeno, se ocorrer, só acontecerá daqui a milhões de anos, e a chance de o jato de raios gama do VFTS 352 estar na direção da Terra é muito pequena.
"Se acontecer" porque estas são previsões da teoria mais aceita atualmente, mas o novo sistema não se enquadra bem nessa teoria.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Bellatrix

Magnitude aparente 1,64
Massa 8,4 massa solar
Raio 6 raio solar
Idade 20.000.000 de anos
Distância 250 anos luz 
Luminosidade 6.400 luminosidade solar 
Temperatura superficial 22.000ºk

Bellatrix, também conhecida pela designação de Bayer Gamma Orionis (γ Ori, γ Orionis), é a terceira estrela mais brilhante da constelação de Orion e a 27ª mais brilhante do céu noturno, com uma magnitude aparente de 1,64. O nome Bellatrix vem do Latim e significa guerreira
A estrela forma o ombro esquerdo do caçador Órion. Bellatrix é uma das quatro estrelas de navegação em Orion que são usadas para navegação astronômica.
Com base em seu paralaxe de 12,92 mas, está a aproximadamente 250 anos-luz da Terra.
Bellatrix à esquerda e o Sol ao centro
Bellatrix é uma estrela massiva com cerca de 8,4 vezes a massa do Sol. Sua idade é estimada em aproximadamente 20 milhões de anos, longa o bastante para uma estrela dessa massa consumir o todo o hidrogênio de seu núcleo e se tornar uma estrela gigante.
temperatura efetiva da camada externa de Bellatrix é de 22 000 K, bem mais quente que a do Sol de 5,778 K. Essa alta temperatura da à estrela com um tom azul-branco típico de estrelas de classe B. Seu tamanho é cerca de seis vezes o do Sol.

Rigel

magnitude aparente 0,12
Massa 18 massa solar
Raio 73 raio solar
Idade 11.100.000 de anos
Distância 773 anos luz 
Luminosidade 85,000 luminosidade solar 
Temperatura superficial 11.500ºk

Rígel ou Beta Orionis é a estrela mais brilhante da constelação de Orion, e a sétima mais brilhante do céu,com magnitude aparente 0,12. Apesar de ter a designação de Bayer "beta", ela quase sempre é mais brilhante que Betelgeuse(Alpha Orionis).
Rígel está além do alcance atual de medidas precisas de paralaxe.
Estudos espectroscópicos estimam uma distância entre 700 e 900 anos-luz, enquanto o "melhor palpite" da sonda Hipparcos é 773 anos-luz, com uma margem de erro de 19%. 
Rígel é uma supergigante azul de 18 massas solares, e tem cerca de 85 000 vezes a luminosidade solar.
Rígel é a estrela mais luminosa na região do Sol na Via Láctea, e é tão luminosa que se fosse vista a uma distância de uma UA, ela teria um diâmetro angular de 35° e a sua magnitude aparente seria -38(Em Astronomiamagnitude aparente é uma escala para comparação do brilho das estrelas, ex do Sol que tem uma magnitude aparente de -26,74).

Saiph

magnitude aparente 2,09
Massa 15,5 massa solar
Raio 22,2 raio solar
Idade 11.100.000 de anos
Distância 650 anos luz 
Luminosidade 56,881 luminosidade solar 
Temperatura superficial 26.500ºk

Saiph, também conhecida pela designação de Bayer Kappa Orionis, é a sexta estrela mais brilhante da constelação de Orion
Das quatro estrelas que compõem o quadrilátero principal de Orion, Saiph é a estrela no canto inferior esquerdo. O nome Saiph vem do árabe saif al jabbar, literalmente espada do gigante.
Com uma magnitude aparente de 2,1, medições de paralaxe dão a Saiph uma distância estimada de 650 anos-luz da Terra, que é parecida à distância de Rigel. 
Sua magnitude visual aparente é menor que a de Rigel, apesar de ser uma estrela bem mais quente com uma temperatura superficial de 26 500 K. Saiph emite grande parte de sua energia na região ultravioleta do espectro, que é invisível ao olho humano, tornando-a aparentemente menos brilhante. 
Comparada ao Sol é uma estrela enorme, com 14–17 vezes a massa solar e mais de 22 vezes o raio. Sua classificação estelar é B0.5 Iab:. A classe de luminosidade 'Iab' representa uma estrela supergigante que esgotou o hidrogênio em seu núcleo e que deixou de ser da sequência principal. Contudo, "o" indica alguma incerteza no valor espectro. 
Saiph tem um forte vento estelar e está perdendo massa à taxa de 9,0 × 10–7 massas solares por ano, o equivalente à massa solar a cada 1,1 milhão de anos. 
Estrelas grandes como Saiph (e muitas outras em Orion) estão destinadas a explodir como supernovas tipo II.

Betelgeuse


magnitude aparente +0,45
Massa 14 massa solar
Raio 650 raio solar
Idade 6.000.000 de anos
Distância 427 anos luz 
Luminosidade 40.000 a 100.000 luminosidade solar 


Alpha Orionis conhecida como Betelgeuse é uma estrela de brilho variável sendo a 10ª ou 12ª estrela mais brilhante no firmamentoÉ também a segunda estrela mais brilhante na constelação de Orion. Apesar de ter a designação α ("alpha") na Classificação de Bayer, ela não é mais brilhante que Rigel (β Orionis).

Betelgeuse é na verdade mais brilhante do que Rigel no comprimento de onda infravermelho, mas não nos comprimentos de onda visíveis.
Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha, e uma das maiores estrelas conhecidas, sendo de grande interesse para a astronomia. O diâmetro angular de Betelgeuse foi medido pela primeira vez em 1920-1921 por Michelson e Pease, sendo uma das cinco primeiras a serem medidas usando um interferómetro no telescópio de 100 polegadas do Monte Wilson. 
O seu diâmetro varia entre 500 e 900 vezes o do Sol. No diâmetro máximo, a estrela seria maior que a órbita de Saturno se colocada no lugar do Sol. Apesar de ser apenas 14 vezes mais massiva que o Sol, é cerca de algumas centenas de milhões de vezes maior em volume, como uma bola de futebol comparada a um grande estádio de futebol.
Oastrônomos prevêem que Betelgeuse pode passar por uma supernova tipo II. No entanto, as opiniões estão divididas quanto ao momento em que isto deve ocorrer. Alguns sugerem que a variabilidade atual como um sinal de que já está na fase de queima de carbono do seu ciclo de vida, e deve sofrer uma explosão supernova aproximadamente nos próximos mil anos. Cépticos discordam com esse ponto de vista e afirmam que a estrela deve sobreviver muito mais tempo.

Constelação de Orion

Órion, o caçador Órion, é uma constelação do equador celeste. As estrelas que compõem esta constelação podem ter como elemento no seu nome o genitivo "Orionis".
Órion é uma constelação reconhecida em todo o mundo por incluir estrelas brilhantes e visíveis em ambos os hemisférios.
A constelação tem a forma de um trapézio formado por quatro estrelas: 




Betelgeuse (α Alpha Orionis) de magnitude aparente 0,50.
Rigel(β Beta Orionis) de magnitude aparente 0,12.
Bellatrix (γ Gamma Orionis) de magnitude aparente 1,64 
Saiph (κ Kappa Orionis) de magnitude aparente 2.06.
É uma constelação fácil de ser observada pois, de entre as estrelas que a compõem, destaca-se a presença de três, popularmente conhecidas como "As Três Marias", que formam o cinturão de Órion e estão localizadas no centro da constelação
Mintaka (Delta Orionis) de magnitude aparente 2,23.
Alnilam (Epsilon Orionis) de magnitude aparente 1,70.
Alnitak (Zeta Orionis) de magnitude aparente 2,03.
Nesta constelação também se encontra uma das raras nebulosas que podem ser vistas a olho nu, a Nebulosa de Órion M42 ou NGC 1976 que é uma região de intensa formação de estrelas, e a Nebulosa de Mairan ou NGC 1982.
Na Mitologia grega representa o herói Órion, grande caçador e amado por Ártemis.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Tritão

Características Físicas
Diâmetro equatorial  2,706 km
Densidade média 2,05 g/cm³
Gravidade média 0,08 g
Temperatura média média: -238,5 ºC / -245 ºC min / -232 ºC max
Características Orbitais
período orbital -5,877 d (retrógado)
Velocidade orbital média 5,58 km/s

Composição atmosfera
Nitrogênio 99,9%
Metano 0,1%
Tritão é a maior lua de Neptuno, que se encontra a cerca de 4 500 milhões de quilômetros do Sol. É possivelmente o astro mais frio do sistema solar (-235°C). Descoberto por William Lassell em 1846, somente 17 dias após o descobrimento do próprio planeta, deve seu nome ao deus Tritão da mitologia grega
Tritão é um dos astros mais gélidos do sistema solar, com uma história geológica bastante complexa; possui uma superfície bastante jovem e de aspecto rugoso, desfigurada por violentas erupções vulcânicas, rápidos congelamentos de superfície e com repentina fundição, gerando assim uma rede de rachaduras enormes.
O terreno casca-de-meloa visto a 130000 km de distância pela Voyager 2.
Após a passagem de Voyager 2, suas enigmáticas imagens revelaram o que pareceu ser géiseres de nitrogênio líquido emanados de sua superfície gelada. Esta descoberta mudou o conceito clássico do vulcanismo que, até então, supôs que os corpos gelados não seriam geologicamente ativos. Tritão demonstrou que para que haja atividade geológica basta meios fluidos, rocha fundida, nitrogênio ou água.
Neptuno e Tritão três dias depois do sobrevoo da Voyager 2.
Em 1820William Lassell começou a construir espelhos para o seu telescópio e em 1844 construiu melhores espelhos que permitiram a descoberta do planeta Neptuno, a 23 de Setembro de 1846. A notícia da descoberta terá chegado a John Herschel que decide escrever a Lassell para procurar por satélites no primeiro dia do mês de Outubro, já que havia uma forte probabilidade disso.
Só cem anos depois da descoberta de Tritão é que foram feitas as primeiras observações detalhadas do satélite. Os astrônomos começaram a estudar a lua e descobriram que tinha uma órbita no sentido oposto à órbita de Neptuno e muito inclinada.
A primeira tentativa de medir o diâmetro de Tritão corretamente foi feita por Gerard Kuiper em 1954, que obteve um valor de 3800 km.
Com a aproximação da Voyager 2 a Neptuno a 25 de Agosto de 1989 obtêm-se dados que permitiram a medição correta do diâmetro (estimado em cerca de 2706 km) e decidiu-se que a sonda iria sobrevoar Tritão de perto, mesmo que isso afetasse a sua trajetória e o que se descobriu foi surpreendente.
As poucas crateras que existem em Tritão
revelam uma atividade geológica intensa
Surpreendentemente, Tritão é geologicamente ativo, a sua superfície é recente e com poucas crateras. Existem vales e cristas num padrão complexo por toda a superfície, provavelmente resultantes dos ciclos do congelamento e aquecimento e dos vulcões. 
Tritão possui uma atmosfera ténue composta por azoto (99,9%) com pequenas quantidades de metano (0,01%). A pressão atmosférica tritoniana é de apenas 14 microbars, cerca de 1/70000 da pressão atmosférica terrestre.

Oberon

Características Físicas
Diâmetro equatorial  1,523 km
Densidade média 1,63 g/cm³
Gravidade média 0,658 g
Temperatura média média: -198,2 ºC / -203,2 ºC min / -193,2 ºC max
Características Orbitais
período orbital 13,46 dias
Velocidade orbital média 13,5 km/s

Composição atmosfera
Inexistente
Oberon é a lua mais afastada das cinco grandes luas de Urano. Foi descoberta por William Herschell em 1787. Possui 1600 km de diâmetro e massa aproximadamente igual à da Lua. Sua superfície é rica em gelo e água. Tem cor cinzenta bastante uniforme, interrompida por raios brilhantes situados ao redor de algumas crateras. Não apresenta configurações globais de manchas escuras ou claras. A superfície revela fracos indícios de fendas tectônicas e é crivada de crateras.